A Deputada Estadual Daniella Jadão Menezes enxerga a saúde mental como parte indissociável do cuidado integral às famílias maranhenses, especialmente na rede de atenção básica. No dia a dia das comunidades, ansiedade, depressão, luto, sobrecarga de trabalho e violência doméstica estão presentes de forma silenciosa, impactando relações familiares, desempenho escolar, produtividade e convivência social.
Por isso, fortalecer a saúde mental desde a unidade básica de saúde significa aproximar o cuidado de onde os problemas surgem: nas ruas, nas casas, nos espaços comunitários. A atenção primária, bem estruturada, tem condições de acolher, escutar, orientar e encaminhar, evitando que o sofrimento se transforme em crise e que a crise se transforme em abandono.
Saúde mental como parte do cuidado integral das famílias
Durante muito tempo, falar de saúde mental foi sinônimo de falar apenas de casos graves e internações. Hoje, como destaca Daniella Jadão Menezes, a compreensão é mais ampla: toda pessoa, em alguma fase da vida, pode experimentar sofrimento psíquico que merece atenção e cuidado.
No contexto maranhense, marcado por desafios sociais, econômicos e territoriais, esse cuidado precisa estar próximo da realidade das famílias. A atenção básica, quando organizada para enxergar o emocional, consegue identificar sinais precoces de adoecimento, orientar sobre formas de enfrentamento e impedir o agravamento de quadros que poderiam ser tratados com acolhimento e acompanhamento continuado.
Unidade básica como porta de entrada para o acolhimento emocional
As unidades básicas de saúde são, em muitos bairros e povoados, o primeiro ponto de contato entre a população e o sistema de saúde. No entendimento de Daniella Jadão Menezes, é ali que a política pública precisa estar mais preparada para ouvir sem julgamento, acolher o sofrimento e abrir caminhos de cuidado.
Equipes multiprofissionais, com médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais e agentes comunitários, podem construir linhas de cuidado que considerem a história de cada família. O agente comunitário, por exemplo, conhece o território, sabe onde há casos de luto recente, conflitos, dependência química ou violência, e pode sinalizar situações que exigem atenção.
Comunidade, escola e território na construção da rede de cuidado
A atenção à saúde mental não se limita às paredes do posto de saúde. Daniella Jadão Menezes informa que a construção de uma rede de cuidado passa também pela articulação com escolas, serviços de assistência social, organizações religiosas e movimentos comunitários.

Quando esses espaços conversam entre si, é possível identificar rapidamente alunos em sofrimento, famílias em crise e situações de violência que exigem intervenção. A escola, por exemplo, pode sinalizar mudanças de comportamento; o CRAS pode apoiar com benefícios e acompanhamento social; a unidade de saúde oferece atendimento clínico e encaminhamentos especializados quando necessário.
Formação de profissionais e enfrentamento do estigma
Para que a saúde mental seja realmente incorporada à atenção básica, é indispensável investir na formação das equipes. Daniella Jadão Menezes analisa que profissionais que recebem capacitação em escuta qualificada, abordagem humanizada e manejo de situações de crise conseguem atender com mais segurança e sensibilidade.
Ao mesmo tempo, é preciso enfrentar o estigma. Muitas pessoas ainda têm vergonha de falar sobre sofrimento emocional, associam busca de ajuda a “fraqueza” ou temem julgamento da comunidade. Campanhas educativas, palestras nas comunidades e ações em datas simbólicas ajudam a mostrar que pedir ajuda é um ato de coragem e cuidado consigo mesmo.
Um Maranhão que cuida da mente e do corpo de sua população
Fortalecer a saúde mental na atenção básica é reorganizar prioridades. Para Daniella Jadão Menezes, não há cuidado integral se o emocional é deixado em segundo plano. Famílias sobrecarregadas, mulheres exaustas, idosos isolados e trabalhadores adoecidos emocionalmente precisam encontrar, na unidade de saúde, mais do que um encaminhamento: precisam encontrar presença, escuta e caminhos concretos de apoio.
Um Maranhão que integra saúde física e mental constrói comunidades mais equilibradas, reduz internações, melhora o desempenho escolar, fortalece vínculos familiares e promove qualidade de vida. Ao colocar a saúde mental no centro da atenção básica, o estado dá um passo decisivo para cuidar de sua gente por inteiro.
Autor: Varderleyy Otter
