O Sindicato Nacional dos Trabalhadores em Educação (SINTE) manifestou preocupação com os efeitos da proposta de reforma administrativa no setor educacional. Segundo representantes da entidade, as mudanças podem comprometer a estabilidade e a qualidade do serviço público, afetando diretamente professores e alunos em todo o país. A mobilização da categoria é apontada como central para barrar alterações que fragilizem a carreira docente e reduzam direitos históricos.
Em nota, o SINTE destacou que a reforma traz risco de precarização das condições de trabalho, com aumento de contratos temporários e critérios de avaliação que podem desvalorizar profissionais experientes. Para a entidade, essas mudanças podem gerar alta rotatividade de docentes, afetando a continuidade do aprendizado nas escolas públicas e prejudicando o acompanhamento pedagógico dos estudantes.
O sindicato também criticou a centralização de decisões, que pode reduzir a autonomia das instituições educacionais locais. Segundo a direção do SINTE, a uniformização de processos administrativos desconsidera as particularidades regionais e pode dificultar a implementação de políticas educacionais adequadas às realidades de cada comunidade.
Outro ponto destacado pela entidade é a mudança na estrutura de carreiras. Avaliações de desempenho e progressões baseadas exclusivamente em métricas de produtividade podem não refletir as complexidades do trabalho pedagógico. Para o sindicato, isso representa um risco de desvalorização da profissão e desestímulo à permanência de profissionais qualificados na rede pública.
O SINTE também reforçou a necessidade de ampla participação da sociedade no debate sobre a reforma. A entidade alerta que decisões tomadas sem consulta aos trabalhadores da educação e à comunidade podem resultar em políticas que não atendem às necessidades reais das escolas e alunos. A presença ativa de educadores, pais e estudantes é considerada essencial para a formulação de medidas justas e eficazes.
Em relação aos gastos públicos, o sindicato reconhece a importância de otimizar recursos, mas alerta que cortes excessivos podem prejudicar áreas essenciais da educação. Investimentos em infraestrutura, formação docente e programas de apoio estudantil são considerados prioritários e não podem ser sacrificados em nome da contenção de despesas.
A mobilização da categoria, segundo o SINTE, será determinante para garantir que a reforma administrativa não prejudique o serviço público. Entidades sindicais de todo o país têm promovido reuniões, debates e campanhas de conscientização sobre os impactos da proposta, reforçando a importância de manter direitos conquistados e condições dignas de trabalho para os professores.
Por fim, o sindicato reafirma que qualquer mudança na administração pública deve considerar a valorização da educação e dos profissionais que atuam no setor. A entidade conclama governos e legisladores a dialogarem com a categoria, buscando soluções que fortaleçam as instituições educacionais e garantam ensino de qualidade para todos os brasileiros.
Autor: Varderleyy Otter
