Caso seja confirmada, paralisação deverá afetar, principalmente, os serviços do metrô e da CPTM
Sindicatos de diversas categorias que representam o funcionalismo do estado de São Paulo prometem uma paralisação para esta terça-feira (28). Entre os principais serviços que deverão ser afetados estão o metrô e a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).
Além dos transportes, a expectativa é de que também haja paralisações em escolas da rede estadual de ensino e no atendimento da Sabesp.
Nota conjunta assinada pelas entidades organizadoras informa que o movimento é contra a privatização de empresas públicas como Sabesp, CPTM e Metrô. Os manifestantes também pedem a “reestatização dos serviços públicos privatizados” e o fim das terceirizações.
Os organizadores cobram também a reintegração dos metroviários que foram demitidos após a greve da categoria em outubro.
Os sindicatos e movimentos sociais participantes ainda reivindicam uma “educação pública gratuita, inclusiva e de qualidade para os filhos e filhos da classe trabalhadora”, além de protestar contra “corte de verbas na educação”.
As entidades que participam do movimento estão organizando um protesto para as 15h desta terça em frente à Assembleia Legislativa de São Paulo.
O governo de São Paulo e o Sindicato dos Metroviários devem participar de uma audiência de conciliação realizada pela Justiça do Trabalho na tarde segunda.
Ponto facultativo
O governo de São Paulo anunciou nesta segunda que irá decretar ponto facultativo no estado para a terça-feira. O objetivo é tentar minimizar os impactos da greve à população.
O governo garante que “os serviços de segurança pública não serão afetados, assim como os restaurantes e postos móveis do Bom Prato, que vão continuar a oferecer normalmente as refeições previstas para terça”.
“As consultas em Ambulatórios Médicos de Especialidades (AMEs) da capital e em outras unidades de saúde estaduais terão seus reagendamentos garantidos, assim como nos postos do Poupatempo”, acrescenta o governo.
Governo aciona a Justiça
O Palácio dos Bandeirantes acionou a Justiça para tentar garantir o funcionamento dos trens e do metrô.
O pedido de tutela antecipada protocolado tenta garantir a presença de 100% dos funcionários do sistema de transporte durante os horários de pico e de pelo menos 80% no restante do dia.
O governo afirmou, por meio de nota, que “age para que a população não seja prejudicada” e que “a greve é motivada por interesses políticos e a pauta principal dos sindicatos não está ligada a causas trabalhistas”.
“A irresponsabilidade dos grevistas afeta 1,2 milhão de estudantes inscritos no Provão Paulista, cujo exame começaria no dia 28 e teve que ser adiado para que nenhum aluno seja prejudicado”, diz o governo.
Veja algumas das entidades que apoiam a paralisação
Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo)
CPP (Centro do Professorado Paulista)
CSP Conlutas
CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
CUT (Central Única dos Trabalhadores)
Força Sindical
Intersindical
Sindicato dos Metroviários de São Paulo
Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias de São Paulo
Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Zona Central do Brasil
Sintaema (Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São Paulo)
UNE (União Nacional dos Estudantes)