A tecnologia nos sindicatos avançou significativamente após as deliberações da 113ª Conferência Internacional do Trabalho, realizada hoje, com foco em proteger trabalhadores inseridos em plataformas digitais. A iniciativa contou com forte protagonismo do Brasil, que propôs a criação de uma convenção internacional voltada exclusivamente aos direitos dos profissionais que atuam em aplicativos de transporte e entregas. O objetivo é equilibrar o avanço tecnológico com a preservação de direitos históricos conquistados por essas categorias.
A tecnologia nos sindicatos foi debatida em alto nível entre representantes de governos, trabalhadores e entidades internacionais. Durante os painéis, destacou-se o modelo espanhol conhecido como Lei Rider e a reforma trabalhista mexicana, que conferem vínculo empregatício formal a trabalhadores de aplicativos, garantindo acesso a direitos como previdência, salário mínimo e participação nos lucros. Essas referências mostram como é possível regular a atuação das plataformas digitais com justiça social e segurança jurídica.
A tecnologia nos sindicatos foi tratada como uma aliada estratégica, e não como uma ameaça. Segundo representantes da Organização Internacional do Trabalho, a regulação do trabalho digital precisa acompanhar o ritmo da inovação sem permitir retrocessos em garantias fundamentais. A convenção internacional aprovada na conferência é considerada um passo decisivo rumo a esse equilíbrio, com previsão de ser concluída na próxima edição do encontro, em 2026.
Para o ministro brasileiro Antônio Neto, responsável por políticas voltadas a trabalhadores de plataformas, a tecnologia nos sindicatos deve ser usada para ampliar a proteção social e não para reduzir salários ou precarizar contratos. Em sua fala, Neto enfatizou que a economia digital precisa se desenvolver com base em relações de trabalho dignas, seguras e sustentáveis. O Brasil sinalizou que pretende adaptar legislações inspiradas em modelos europeus, sempre respeitando as especificidades locais.
A discussão sobre tecnologia nos sindicatos também tocou na urgência de garantir que plataformas digitais sejam responsabilizadas como empregadoras quando apropriado. A informalidade excessiva foi apontada como um obstáculo à equidade, e a nova convenção busca corrigir essa distorção. O texto deve incluir cláusulas sobre tempo de trabalho, segurança digital, acesso à previdência e liberdade sindical no ambiente online.
O avanço da tecnologia nos sindicatos foi bem recebido por diversas centrais sindicais presentes na conferência. Para representantes brasileiros e de outros países em desenvolvimento, o reconhecimento formal dos trabalhadores digitais como parte da estrutura sindical é fundamental para ampliar a representatividade e a negociação coletiva. Além disso, a digitalização pode ajudar a conectar categorias antes isoladas, promovendo inclusão e fortalecimento das lutas por melhores condições.
A tecnologia nos sindicatos passa a ser, portanto, uma pauta permanente nas agendas internacionais de trabalho. O uso de inteligência artificial, big data e aplicativos deve estar atrelado a marcos regulatórios claros, que impeçam abusos por parte de empregadores e assegurem acesso a direitos básicos. O novo cenário mundial exige vigilância constante das entidades sindicais para que as transformações não sacrifiquem a dignidade dos profissionais envolvidos.
Ao final do encontro, o clima era de otimismo cauteloso. A tecnologia nos sindicatos é hoje uma realidade irreversível, e cabe aos representantes dos trabalhadores se apropriar dessa ferramenta para ampliar conquistas e modernizar sua atuação. A conferência internacional marcou o início de uma nova era, na qual o digital e o social caminham lado a lado, construindo um futuro do trabalho mais justo, equilibrado e conectado.
Autor: Varderleyy Otter