A greve dos professores no DF alcançou a marca de quatro semanas consecutivas e segue sem acordo entre a categoria e o governo. Nesta segunda-feira, o governador Ibaneis Rocha se reuniu com o deputado distrital Chico Vigilante em um esforço para abrir caminho para as negociações com o Sindicato dos Professores do DF. Apesar do encontro ser considerado produtivo, ainda não houve qualquer avanço prático anunciado até o momento, o que mantém a paralisação indefinida e as escolas públicas fechadas.
Durante a tarde do mesmo dia, representantes do governo do Distrito Federal se encontraram com uma comissão do sindicato, mas a reunião terminou sem propostas concretas ou sinalizações de mudanças nas políticas atuais. A greve dos professores no DF continua mobilizando centenas de profissionais da educação que reivindicam reajuste salarial, reestruturação da carreira e valorização das progressões salariais com base em especialização, mestrado e doutorado.
A principal reivindicação dos docentes em greve é o reajuste salarial de 19,8%, considerado justo pela categoria após anos sem correções inflacionárias significativas. Além disso, os professores exigem que o tempo de serviço dos profissionais contratados temporariamente seja considerado no momento da efetivação, permitindo o enquadramento nos padrões salariais adequados, conforme a legislação vigente. A greve dos professores no DF também cobra maior valorização da progressão horizontal e aumento nos percentuais a cada mudança de padrão.
A reunião entre Ibaneis Rocha e Chico Vigilante durou cerca de uma hora e foi interpretada como uma mudança de tom por parte do governador, que anteriormente havia adotado uma postura mais rígida. Nas semanas anteriores, Ibaneis chegou a declarar que cortaria o ponto dos grevistas para “ver quantos dias eles aguentariam”. Agora, no entanto, há uma tentativa de retomada do diálogo, ainda que sem promessas de reajuste em 2025, sob a justificativa de manter o equilíbrio fiscal do governo.
Mesmo com os apelos dos professores e as tentativas políticas de negociação, o Palácio do Buriti mantém sua posição firme de não conceder reajustes a nenhuma categoria neste ano. Essa decisão, segundo o Executivo, visa evitar impactos financeiros que comprometam as contas públicas. A greve dos professores no DF, no entanto, continua ganhando apoio em assembleias regionais e deve ser reavaliada em uma assembleia geral marcada para a próxima quarta-feira, dia 25.
O embate jurídico também marca a greve dos professores no DF. O Tribunal de Justiça do Distrito Federal já classificou o movimento como abusivo, autorizou o corte de ponto dos grevistas e estipulou multa diária de R$ 1 milhão ao sindicato. O Sinpro-DF recorreu ao Supremo Tribunal Federal, que suspendeu temporariamente os efeitos da decisão. Posteriormente, o TJDFT determinou nova multa, reduzida para R$ 300 mil por dia, e o sindicato voltou a recorrer.
A greve dos professores no DF tem gerado impacto direto em milhares de alunos da rede pública, que seguem sem aulas e com o calendário escolar comprometido. Famílias relatam preocupação com a continuidade do ano letivo e cobram das autoridades uma solução urgente para o impasse. Por outro lado, os docentes reforçam que a luta não é apenas por salário, mas também por melhores condições de trabalho e pela valorização da profissão no Distrito Federal.
Com o prolongamento da greve dos professores no DF, o clima de tensão entre governo e categoria tende a se acirrar. A expectativa agora recai sobre a assembleia geral que ocorrerá no dia 25, quando os professores vão decidir pela manutenção ou não da paralisação. Caso o GDF não apresente novas propostas, a tendência é que o movimento continue, afetando ainda mais a rotina escolar de milhares de estudantes da capital federal.
Autor: Varderleyy Otter