O Sindicato dos Bancários de São Paulo continua a luta para garantir que todos os trabalhadores do C6 Bank recebam o pagamento correto da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), conforme estipulado pela Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). Na segunda-feira, 5 de maio de 2025, o Sindicato se reuniu mais uma vez com representantes do banco para cobrar o cumprimento dos direitos dos bancários. A negociação tem sido um processo conturbado, com a data de uma nova reunião agendada para o próximo dia 16 de maio.
A primeira reunião entre as partes aconteceu no dia 10 de abril, mas não houve um acordo definitivo, o que levou ao agendamento de mais uma rodada de discussões. A Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) tem atuado como intermediadora desse processo, após o Sindicato enviar um ofício solicitando a convocação da mesa de negociação. O principal ponto de discordância entre o Sindicato e o C6 Bank é o pagamento da PLR de maneira justa e para todos os bancários, conforme previsto na CCT, e não apenas para uma parte dos funcionários.
A presidenta do Sindicato, Neiva Ribeiro, e a secretária-geral Lucimara Malaquias reiteraram a importância de uma solução rápida para os bancários do C6, que aguardam o pagamento integral da PLR. A reunião de 5 de maio trouxe um impasse, mas a mobilização não cessou. O Sindicato está comprometido em continuar pressionando o C6 Bank até que a questão seja resolvida de forma satisfatória para todos os trabalhadores. Novas plenárias e mobilizações também estão sendo planejadas para garantir que a luta continue até que a PLR seja paga corretamente.
O C6 Bank, que obteve lucro em 2024, deveria ter feito o pagamento da PLR como previsto na CCT dos bancários, mas, ao invés disso, adotou uma estratégia controversa. O banco criou um programa próprio de resultados internos, sem a participação do Sindicato, que resultou em um pagamento muito abaixo do que seria devido segundo as regras estabelecidas pela CCT. Isso gerou frustração entre os trabalhadores, que se sentiram prejudicados por um pagamento inferior ao que tinham direito, algo que o Sindicato não pode aceitar.
O Sindicato, representando os interesses dos bancários do C6, não se acovardou diante dessa situação e buscou resolver o problema por meio de diversas ações. Além das reuniões com o banco, o Sindicato organizou protestos e enviou ofícios à Fenaban e ao C6 Bank, reiterando a importância de um pagamento justo e igualitário para todos os trabalhadores. No entanto, apesar das diversas tentativas de solução, o banco se mostrou resistente, o que resultou em um impasse e na marcação de uma nova reunião para o dia 16 de maio.
Em uma de suas declarações, a secretária-geral Lucimara Malaquias destacou que o Sindicato tem o compromisso de resolver a questão da PLR para os bancários do C6, e que o objetivo é garantir que todos os trabalhadores sejam tratados com justiça. Ela também enfatizou que a mobilização não vai parar e que novos passos serão tomados para garantir que os direitos dos trabalhadores sejam respeitados. Além disso, foi ressaltada a importância de os bancários do C6 se manterem informados sobre o andamento da negociação e de entrarem em contato com o Sindicato caso haja qualquer dúvida ou denúncia relacionada à PLR.
Para aqueles que não sabem, a PLR dos bancários é composta por uma parte fixa e outra variável. A parte fixa é calculada com base no salário-base do trabalhador, mais verbas fixas, e um valor fixo adicional. Além disso, o banco deve distribuir pelo menos 5% de seu lucro entre os funcionários. Caso esse valor seja inferior, a PLR deve ser ajustada para atingir pelo menos 2,2 salários do trabalhador. Já a parte variável, também conhecida como parcela adicional, é distribuída igualmente entre os empregados elegíveis, com um limite de valor individual estabelecido pela convenção.
O conflito em torno da PLR do C6 Bank se deu devido à criação de um programa de resultados interno do banco, que não seguiu as regras estabelecidas na CCT e excluiu grande parte dos funcionários do pagamento. Essa atitude do C6 Bank gerou grande insatisfação entre os bancários, que se sentiram desrespeitados. Para complicar ainda mais a situação, o banco também implementou um programa de Participação nos Resultados (PPR), que prejudica ainda mais os trabalhadores, pois não garante o pagamento igualitário para todos os funcionários, algo que a PLR, prevista pela CCT, faz questão de assegurar.
O Sindicato está determinado a fazer valer os direitos dos bancários do C6 e a garantir que o pagamento da PLR ocorra de maneira justa e conforme as regras acordadas. A negociação está longe de ser resolvida, mas o compromisso do Sindicato com os trabalhadores é claro. Eles continuarão a lutar até que o C6 Bank cumpra sua obrigação de pagar a PLR corretamente a todos os seus funcionários, sem exceções.
Autor: Varderleyy Otter